quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Entremeio


É um vazio enorme. Vazio da incompreensão, da frustração, do desespero de não estar ao alcance.
É um vazio que não se explica, se sente.
É um choro inútil, uma dor imensa, uma alma em frangalhos. Uma alma que não entende.
É a vida mostrando que traz obstáculos, é ela mudando a rota, mostrando que não há ilusão. 
Seria um passo mal dado, o destino cruzado, ou um castigo por um pecado?
Seria o não entender da filosofia, e todas as expectativas jogadas ao chão do passado. Esperanças vãs para o que não houve perdão.
É o presente agora se fazendo encarar, e a morte súbita do que era esperado.  
É mais que o vazio. É o sublevar dos desejos, a falta do que não se teve; a exposição branda do que realmente importava. A percepção do que nunca mais se terá...
Alheio, o coração doente, o vácuo da ausência de sonhos. 

Lu